sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O BRASIL DESPOJADO DA ESPERANÇA

O Brasil perdeu a esperança. Havia uma esperança de que a real e genuína punição aos mensaleiros seria o prenúncio de um tempo novo em que haveria justiça, justiça autêntica e genuína, justiça verdadeira, justiça à altura da expressão. Justiça perante a qual todos seriam iguais, que faria que  ricos, políticos, poderosos também respondessem pelos seus atos ilícitos. Mas a esperança morreu.  Morreu e deixou um clima de luto.  De ressaca cívica  não de festejo, mas de desolação.  O País agora sepulta suas esperanças, se vê abatido, lasso, com fundas de desânimo.
De que valeu a luta e o sacrifício dos que se levantaram contra a ditadura militar, dos que foram torturados nos porões, dos que encontram a morte? De que adiantou tanto derramamento de sangue, tantos direitos políticos perdidos, tantas marcas indeléveis no corpo e na alma dos que se rebelaram.
A luta desaguou em Collor, decepção maior do povo, em Fernando Henrique, apóstata de práticas servis aos caprichos perversos do capital, em Lula, PT, Dilma e a base aliada repleta de nomes afeitos às mesmas práticas ímprobas que guerrilheiros tanto combateram.   De que adiantou? Nada mudou. As práticas são as mesmas, a corrupção é a mesma, o desprezo às mazelas sociais que se mascaram por meio de bolsas pífias, a ditadura dos poderosos, donos do Estado, tão autocráticas quanto o despotismo esclarecido, se traveste de democracia e, diante da credulidade de uma grossa camada de gente sem poder de discernimento, segue um caminho de continuísmo de um sistema inaugurado com o estupro às liberdades promovido em 1964.
Pobre Brasil, tão ao léu e tão desprovido de esperanças.

Barão da Mata

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