quinta-feira, 19 de setembro de 2013

MOMENTOS GOZADINHOS DA POLÍTICA DO BRASIL

Em 1989, na disputa pela presidência da República, vencida por Collor de Mello, quando a candidatura deste começou a dar sinais de que balançaria, José Sarney, presidente na época, em pleno meio da disputa, lançou o Sílvio Santos para tumultuar o quadro e o seu real candidato, Collor, voltar a crescer a partir de ofensas desferidas a ele próprio (Sarney) no horário eleitoral.  É quando o Brizola, ao final de um debate, apela ao público para que não vote em nenhum dos dois concorrentes (Collor e Sílvio Santos), definindo-os com uma expressão pejorativa e dizendo que, caso não quisessem votar nele, Brizola, sufragassem então algum outro nome entre os que disputavam, proferindo que havia gente honesta entre aqueles e ainda se valendo do ensejo para verter algumas lágrimas de crocodilo.  É quando o Maluf sentencia: "Vota no Brizola senão ele chora!"


O Maluf, por sua vez, na mesma campanha, anteriormente deu uma mancada federal. Indagado a falar sobre crimes e estupros com morte, disse categoricamente: "É o tal caso: tá com apetite sexual, estupra, mas não mata." Segundo um amigo meu, ali o político mostrou que era um progressista.


Esta é para quem viu "O Bem Amado", novela cujo papel central (Odorico Paraguassu, um político demagogo) era interpretado por Paulo Gracindo. 
Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, mandara prender Paulo Figueiredo, seu ferrenho inimigo político e pai do presidente militar João Figueiredo, que em 1982 apoiou Moreira Franco para o governo do Rio contra Leonel Brizola e, num evento em que reuniu o público na Quinta da Boa Vista, afirmou que naquele momento o próprio pai e Getúlio Vargas estavam no Céu, abraçados, também apoiando Moreira.  Foi quando a turba não resisitiu e começou a bradar: "Odorico! Odorico!"  Dizem que o homem ficou uma fera.


Contam também que no mesmo ano, concorrendo contra Jânio Quadros e Franco Montoro ao governo de São Paulo, Lula foi perguntado acerca de se era marxista-leninista.  Ao que nosso "herói" respondeu: "Não fei de nada difo: fó entendo de greve."  Pelo visto, se por aquela ocasião se elegesse,  seu primeiro ato seria promover uma paralisação de governadores por melhores salários, deixando os estados acéfalos e sem cúpula.


Mais uma do Brizola.  Quando o Brasil implantou o pluripartidarismo, o golpista político e banqueiro Magalhães Pinto, após todos as agremiações se registrarem, sugeriu que se deveria acabar com os partidos. Instado a opinar sobre a proposta de Magalhães, respondeu: "Ele me lembra uma criança que vai a uma festa e vê que cada outra criança pega um balão e, não tendo ele próprio conseguido pegar o seu, fica querendo estourar o balão dos outros."


Outra do político gaúcho é que aplicava muitas metáforas envolvendo animais para ilustrar seus pareceres políticos.  Esquerdista apócrifo, sempre atacava no entanto a direita e, numa daquelas ocasiões, foi retrucado por uma parlamentar que fora considerada de esquerda  e depois aderira à direita.  Não titubeou Brizola e veio com a tréplica: "A galinha corre do galo... corre, corre... até o momento em que se acomoda." 

Barão da Mata 

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