segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A MORTE DO PASSARINHO

Vi um filhote de passarinho agonizar
No momento cruel da sua morte.
O passarinho, que eu tentara salvar em vão,
Agonizou de forma tão assustadora,
Apesar da sua pureza e pequenez.
Senti uma  frustração quase prostrante
E uma tristeza de nada consolar.
Senti  um pavor da morte sem medidas,
Fiquei a pensar sobre a injustiça
Da morte e seus perversos estertores
Nos seres na alvorada da existência.
Lamentei o fim prematuro de jovens e crianças
E também dos inocentes animais.
Matutei sobre o quão perverso é este mundo
E, desolado, fui tocar o dia tão-somente,
Tentando apagar da memória aquela cena
Dilacerante daquele animalzinho perecendo.

Barão da Mata

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