Quando o Leônidas ligou me dando conta de termos tido 120 acessos americanos dentre o total de 180 obtidos num certo domingo, não vi grandes motivos para preocupações. Afinal, há tantos brasileiros vivendo nos Estados Unidos e sentindo saudades do Brasil, que não dei nenhuma relevância ao fato de ele achar que estaríamos sendo investigados. Tanto não dei importância, que aproveitei a chance e fiz chacota da situação (se você quiser ver, o link é http://pensadoresdebirosca.blogspot.com.br/2013/05/os-cento-e-oitenta-acessos-e-o-agente.html ). Alguns dias depois, todavia, o Gmail me indagou se eu tentara acessar meu e-mail de um computador do país norte-americano. Respondi que não, e eles me aconselharam a trocar a senha. Obedeci e comecei a levar a questão mais a sério. E passei a prestar atenção maior ainda aos fatos depois das matérias divulgadas pela imprensa, onde se revela que Obama e companhia estão escarafunchando todos os sites, redes sociais, e-mails e tudo o que se pode ter em matéria de internet. Tão fuçando tudo (com o perdão dos porcos pela analogia). Os seguintes links bem corrroboram o que digo: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-06-07/obama-programas-de-vigilancia-dos-eua-equilibram-seguranca-e-privacidade.html
Leônidas me dissera que a razão de eu estar sendo (ou
supostamente sendo), digamos, "vigiado" pelos caras seriam algumas expressões-chave, como "capitalismo perverso", e eu atribuiria uma suposta vigília a eu ter dito que Kennedy foi um dos mentores do golpe militar que eliminou inúmeros brasileiros, que Abraham Lincoln não foi o heroico libertador de negros que os americanos acreditam (tendo até uma postura, segundo o historiador J.J. Almeida Arruda, moderada diante da Guerra de Secessão), que, com todo o respeito pelos inocentes mortos no 11 de setembro de 2001, a data que o Brasil deve sempre rememorar é o 7 de setembro de 1822 (ou seja, o 7, não o 11 de setembro), que, se é para nos enlutar todo 11/09, que o façamos também todo 6 e 9 de agosto, datas em que Harry Truman devastou Hiroshima e Nagasaki com duas bombas atômicas que mataram velhinhos, crianças, mulheres, cachorros, gatos, civis e todo tipo de inocente, num momento em que o Japão só atacava os navios americanos por intermédio de pilotos kamikazes, pois já estava aniquilado na Segunda Guerra.
Tudo o que disse,entretanto, não faz de mim (sem ironia) nenhum antiamericano: não tenho nada contra a sociedade americana e ainda sou admirador de atores como Al Pacino, Morgan Freeman, Robert De Niro, Jack Nicholson, Math Damon e outros. Toda a minha antipatia é pelas autoridades, políticos, mandatários, racistas, belicosos e reacionários do país. E isto não se dá sem motivos, porque quem é que pode gostar de um Estado imperialista? E sabe no que imperialismo implica? Em conquistas. E sabe em que conquistas implicam? Em massacres, gente inocente mutilada, mulheres estupradas, crianças assassinadas, casas de família incendiadas, hospitais explodidos, em carnificinas horrendamente dantescas. Há, então, como admirar homens que promovem coisas deste gênero?
Ora, o que o Obama e seus asseclas estão fazendo é terrorismo de Estado, cerceio ao nosso direito à privacidade e à liberdade de expressão. Equiparei uma vez esse verdadeiro monstro a George W.Bush (http://baraodamataprosa.blogspot.com.br/search?q=TROCANDO+AS+BOLAS ). Ora, os governos americanos são, em sua maioria absoluta, de vocação expansionista, e esse mascarado do Partido Republicano que exerce a presidência não poderia ser diferente.
Quanto a nós, meros mortais, só o que nos cabe é não mais depositar confiança na internet, além de ficarmos cônscios de que o governo brasileiro, afinado com práticas autoritárias e antidemocráticas, não expedirá uma linha de repúdio aos atos dos terroristas ianques. Quem sabe tenhamos de voltar a nos corresponder através de cartas de papel envelopadas, via Correios... se os governos brasileiro e americano não nos submeterem as cartas a radiografias, ultrassonografias, ressonâncias, etc...
Barão da Mata
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