Aquela história do tiro no comício do Trump me encheu de perplexidade, não só pelo fato de a bala só ter resvalado a orelha do ex-presidente sem reduzi-la a frangalhos, mas principalmente por ele, no segundo seguinte, ter-se erguido e brandido um punho em sinal de resiliência. Nunca soube de ninguém que tivesse acabado de sobreviver a um atentado sem ficar atônito e sem tremer como vara verde. Entretanto o Trump é mesmo um ser especial, com nervos de aço como o do Super-Homem dos quadrinhos e do cinema.
O fato principal, porém, é que acredito piamente na veracidade do que as câmeras mostraram. Um tio meu, por exemplo, lutou na Segunda Guerra e, num momento de combate, levantou-se por um brevíssimo momento da trincheira, e uma bala de canhão passou a um milímetros de sua cabeça. Por sorte o objeto só atingiu-lhe os cabelos, deixando-o careca por um curto espaço de tempo. Noutra feita um meu primo foi tomar um banho de rio no Zimbabwe, e um crocodilo fechou a bocarra em seu corpo, mas, antes que girasse o corpo, o animal deu um rugido de dor e fugiu desesperado águas adentro. Razão de esse meu parente ter-se salvado? Ele era carne de pescoço, osso duro de roer.
Barão da Mata
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