sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

TEMER, "OFFICE BOY" DAS ELITES, E O PODER CONTRA O POVO



Quando as elites... e entenda-se por elites os empresários, os banqueiros, os agronegociantes, os donos de jornais, revistas, emissoras de tevê, de rádio, de redes de hotéis e restaurantes, etc... quando as elites, após aperceberam-se de que o País tinha ido à bancarrota - graças a décadas de corrupção ocorrida em gestões petistas, pessedebistas, pemedebistas e vai por aí adiante... quando as elites se deram conta de que o Brasil afundara num mar de lama e de degradação econômica, acharam que era a hora de dar um golpe de mestre e se apossar dos restos deixados pelos ladrões de gravata e colarinho e de enriquecerem ainda mais, concentrando nas mãos de uma vez por todas a totalidade da renda nacional.
O conluio funciona da seguinte forma: convoca-se um setor dessa camada abastada, a mídia, principalmente a Globo, para vender à opinião pública que, sem a aprovação da PEC da morte (já aprovada), das reformas da previdência e trabalhista, o emprego acaba de vez, a União não tem como pagar aos aposentados, e um caos dantesco e definitivo toma conta deste pedaço aqui da África. Depois chamam-se os políticos para chutar o PT pra córner... não porque o partido estivesse na contramão dos interesses da gente rica, mas porque é preciso fazer um teatro, dando à conspiração contra o Brasil inteiro um aspecto de faxina moral e ética. A seguir colocam as marionetes Michel Temer e Henrique Meirelles, componentes (bom lembrar) desse mesmo topo da pirâmide para implementar, junto com outros componentes-marionetes do sistema que são os já mencionados políticos (dentre os quais uma quantidade absurda está envolvida nos crimes que faliram a Nação) todas as mudanças que farão os ricos muito mais ricos, e os pobres muito mais miseráveis, sem o menor acesso à educação, à alimentação ao menos condigna, à saúde, à habitação, ao saneamento básico, à segurança, criando uma população inteira de indigentes que morrem nos corredores dos precariíssimos hospitais e vivendo a baixíssima qualidade de vida dos povos africanos. Não sei se vocês já notaram, mas o Brasil caminha a passos largos para a africanização mais deplorável, sobretudo em virtude da aprovação da PEC da morte, que já citei e congela os gastos do Governo por 20 anos.
Se a PEC da Morte visa a acabar com as despesas do erário com os cidadãos, a reforma da previdência finda de vez com a aposentadoria, e a reforma trabalhista é o tiro de misericórdia que reinstaura por aqui de forma peremptória a escravidão. Quem não tem férias remuneradas, décimo-terceiro, FGTS, jornada de trabalho razoável é o quê? Trabalhador ou escravo?
As perversas e diabólicas medidas irão agravar muito mais a recessão, gerando uma retração absurda nas vendas do comércio e consequentemente da indústia, aprofundarão o flagelo do desemprego, e aí você vai-se perguntar se assim essas elites vão provar do próprio veneno, sofrendo as consequências dos males que elas próprias criaram. Eu respondo que não, porque a verba pública poupada com as reformas, além da arrecadada com a pesada carga tributária sobre a classe média (que nem sei se assim poderá ser chamada), agraciará as empresas com incentivos e renúncias fiscais, investimentos, subsídios, bônus, empréstimos vultosos e generosos, além de os privilegiados pouparem uma fábula com a diminuição dos gastos com a mão-de-obra, e os preços subirem para suprir a redução da demanda dos produtos, que serão consumidos pelos poucos com poder aquisitivo para tanto. Um número pequeno de escravos será bastante para movimentar a reduzida indústria e o pouco comércio, e os sem-emprego, diga-se de passagem, morrerão de fome, desnutrição e outras mazelas. Será um processo como se as mais altas castas se fechassem comercialmente para a sociedade nacional. 
 Você agora irá querer saber se os políticos não estarão dando um tiro no pé por conta do desgaste que sofrerão com a aprovação das medidas do Governo. Eu digo, sim, mas estarão usando sapatos e roupas blindadas, para evitar que até estilhaços atinjam-lhes qualquer parte do corpo, porque, lembre-se, também são membros dos mais opulentos grupos sociais e, se o empresariado será fartamente obsequiado pelo poder público, imagine a contrapartida que terão esses políticos. Em outras palavras: valerá a pena ficar impopular e não se eleger durante alguns anos ou para sempre.
Em suma, a missão do fantoche Temer, abraçada por este com enorme empenho e prazer, é colocar tudo nas mãos das elites, em detrimento de uma sociedade inteira, que viverá num país africano dentro da América Latina.


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