O que mais me estarrece, porém, não é só o caso Champinha, mas os inumeráveis champinhas mantidos dentro da legalidade que circulam por aí, felizes da vida, aqui no Brasil e no estrangeiro. Claro que nada podemos quanto aos perversos dos E.U.A., Inglaterra, Rússia, França e outros países, mas em relação aos que vivem aqui nas terras tupiniquins, bem que poderíamos tomar um monte de providências e isolá-los em cadeias de segurança máxima dentro da mais que merecida perpetuidade. Não há prisão perpétua no Brasil?! que se mude a constituição, ora! Esses caras vivem estuprando-a para atender aos seus interesses pessoasis! Há violentos do trânsito, que são meliantes por excelência e têm nas leves costas uma enfiada de atropelamentos e abalroamentos com mortes e outras tragédias, e andam soltinhos da vida por aí, por conta de corrupção policial ou de ausência de polícia e testemunha, além da legislação caridosa para atrocidades de trânsito. Digo leves costas porque essa gente não sente remorso e tem ainda muita tragédia a produzir. E continua por aí, oferecendo perigo à sociedade.
Há os estupradores que jamais foram flagrados ou presos, ou ainda foram pegados em alguma de suas práticas criminosas habituais e contaram com a condescendência bondosa de alguma autoridade ímproba. Mas estão soltos, tomando cerveja nos finais de semanas e levando uma vidinha tranquila de uma alma no paraíso – alma no paraíso é viva? Não podemos esquecer os assassinos, que fazem suas estripulias na calada da noite ou diante de testemunhas coagidas e atemorizadas. Como a calada da noite não tem policiamento aqui nesta república de meu Deus, crime de morte geralmente sai na urina, fica por isso mesmo e ponto final. E o criminoso, como sempre, continua levando a vida que pediu a Deus.
Em conclusão, o mundo está repleto, mas repleto mesmo de seres humanos bestiais, que exercem a crueldade por puro prazer, fazendo vítimas inocentes, como mulheres, idosos, crianças, animais, mais fracos, e, repito, no exterior não podemos tomar qualquer providência para minimizar o problema, ao contrário de dentro do país, onde teríamos condições de fazer muita coisa, de enfiar essa gente em merecidíssimas jaulas, mas a benevolência da legislação e das autoridades são um convite irrecusável ao crime, um incentivo sem precedentes à maldade. Porque nas terras da República-do-Cada-Um-Faz-O-Que-Quer não há policiamento, quando há policiamento, em muitos casos ocorre corrupção policial, as leis oferecem um leque de alternativas para tirar um demônio da cadeia, ninguém pode mofar na prisão, enquanto crianças indefesas, cidadãos de bem, mulheres e velhinhos ficam à mercê de bandidos de altíssima periculosidade com breve ou nenhuma passagem pela polícia. No caso dos velhinhos, especificamente, para alegria dos ilustres tecnocratas gestores da previdência social.
Os jornais, rádios e tevês todos os dias dão conta de lotes e lotes de crimes bárbaros de todos os tipos praticados aqui no território nacional, e nada é apurado a contento, nada é descoberto, tudo fica por isso mesmo. Investigar pra quê? Por que um aparelhamento adequado pra investigações? Olha os gastos públicos! Se a vítima for animal, então, qualquer verificação dos fatos é coisa de " babaca".
Os crimes no campo então, como a morte da Irmã Dorothy, dos fiscais do trabalho em Minas, as barbaridades ligadas à questão da terra e do tráfico de madeira, mostram que somos definitivamente uma verdadeira tragicomédia.
Assim é o Brasil, em todas as suas regiões territórios, sejam estes estados sob a jurisdição de quem quer que seja. Não temos a cultura de punir criminoso e investigar ou punir crimes. Deixa, ora! A gente é assim e fim, não é? Deixa os perversos se divertirem: cada uma tem seus gostos: eles têm os deles, que são práticas sádicas: o que tem de mais?
Não há motivo pra se falar em prevenção: segurança é um investimento infundado, sem nenhuma razão de ser. Fiscalizar o quê pra quê? Deixe tudo nas mãos de Deus! Seja brasileiro e pronto! Somos pentacampeões do mundo, afina! Pra que segurança?Coisa mais besta!
Barão da Mata
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