RÁDIO BESTEIROL E O PROGRAMA DE ELIAS NEIRA

A Rádio Besteirol apresenta, para o arrefecimento e o deleite de sua alma, mais um programa "Que Seja Amor", com o seu romântico locutor Elias Neira.

Oh! Meu ouvinte! Que seja amor! Amor do porteiro do seu prédio às  nádegas de sua esposa, amor do político corrupto ao dinheiro público, mas que seja amor.  Amor do lutador de UFC à violência, mas que seja amor.

Este programa tem o patrocínio das camisinhas "Forrogode", aquelas que produzem som de pagode.  E das máscaras de galã Gianecchini, aquelas de a mulher tirar o biquíni.  Seja na rua, diante de uma desconhecida, ou em casa, com sua esposa mal-humorada,  a máscara Gianecchini  deixa  qualquer mulher tarada.

A Gisele Sucupira, de Vaz Lobo, nos escreve dizendo que o seu namorado, George Pacheco, deixou-a com a queixa equivocada de que a moça não é romântica.  Por isto, ela escreve ao ex-namorado, e o nosso programa, baluarte do romantismo, divulga o seu recado:

- George,  meu amor, volte pra mim - diz a moça - sou tão romântica, que sempre escrevo cartas de amor a todos os meus amantes.   George, eu preciso de você ao meu lado. Sinto saudades de você e dos seus furúnculos debaixo do sovaco, da sua ejaculação precoce e do cheiro de gambá entre suas pernas.  Oh, George! Você é tudo de bom para mim." 

E aqui, eu, o locutor que os prestigia, também faço um apelo: volte, George, para ela!  Ela o ama, meu amigo.  Não a deixe triste.  Não importa que ela ame muitos: o que vale é que é amor.  Que sempre, meu amigo, seja amor.  Que seja amor!  Que seja amor!

Recebo aqui também a mensagem de Dorothy da Silva de Mesquita para o Robert Teixeira de Del Castilho:

- Robert, meu lindo, você precisa reaparecer em minha vida: afinal a minha agenda atualmente tem  espaço pra você: minhas segundas-ferias estão vagas.  Que tal fazermos aquele amor gostoso com um monte de porradas de entremeio. É muito gostoso, meu sebosinho.  Eu fico com os cornos e a bunda inchada, mas é tão romântico...

Veja, Robert, meu bom Robert: que você lhe bata, mas que seja amor... que seja amor...Que seja amor!
Agora, ouvintes, é o momento de o seu locutor recitar um poema da própria autoria:

MELENTA CUECA

Oh, ninfomaníaca tão cândida,
Tão pueril e virginal!
Quando me tocas, uma cachoeira tão viscosa
Desce de mim como se fosse tempestade.

Oh, mãos de fada tão miraculosas!
Oh, beijo tão babado e tão "caliente"!
Quando estamos no sofá da sua casa,
Eu vejo estrelas por sentir tantos prazeres
E pelas dores que me fisgam a cervical.

Oh, minha ardorosa, minha fêmea escandalosa,
Tão porquinha e flatulenta entre almofadas.
Teus gases fortes vez por outra me desmaiam,
Mas este amor que me arrebata é tão imenso,
Que a mim parecem já que são perfumes.

Ah, mas que importa serem assim mortais os teus aromas:
Se não sabes,  sem banho és tão mais bela,
Teus cheiros acres se atenuam da beleza
De teus cabelos já colados à cabeça,
De tuas partes já rançosas, mas tão quentes,
Que assim me torno um grande herói e o teu gambá.

O Valdinei de São João de Meriti escreve dizendo que está apaixonado por Diocleide, que é amiga de sua avó e tem setenta e cinco anos.  Vá fundo, Valdinei: que seja amor.  O Olegário Libido, do Quixadá, diz que está "enxodozado" pela égua do vizinho. Meu caro Olegário, que seja amor, mas com animalzinho não pode.

Neste momento, queridos ouvintes, eu, Elias Neira, me despeço, contando com a sua audiência para a próxima edição do seu programa "Que Seja Amor".   Uma boa tarde, meus amigos, e que em sua vida tudo sempre... seja amor...  Que seja amor... Que seja amor...

Barão da Mata