- Obama, o negócio é o seguinte: eu quero que você explique que história é essa de você ficar me espionando!
O americano se ajeita na cadeira, baixa a cabeça com indiferença
- Ora, colega, primeiro eu quero que você reduza o tom de voz pra falar comigo.
- Tá bom, eu reduzo. Mas de qualquer modo exijo uma explicação.
- São assuntos de Estado, motivos confidenciais, não lhe dizem respeito...
A presidente se ergue da cadeira num quase-pulo:
- Como não me dizem respieto, se sou eu a espionada!!!
- Psssssiuuuu.! - ele volta a advertir.- Olhe o tom de voz...
A estadista pigarreia, se contém, torna, agora branda:
- Eu sei, eu entendo, mas a questão é que está envolvendo a minha pessoa. Acho que tenho direito a uma explicação. Você entende? Concorda comigo?
- Por favor - o homem, sempre impassível - não quebremos o protocolo: trate-me por Vossa Excelência.
- Tá bom, me desculpe de novo. V.Excia. entende o meu interesse e a minha preocupação?
Ele, sem a olhar no rosto, quase a ignorá-la:
- Olhe, V.Excia. vai me desculpar, mas não tenho tempo para discutir o assunto: afinal sou muito atarefado, tenho uma Síria para invadir e preciso de apoio da ONU e do Congresso.
A presidente faz menção de se lavantar novamente, ele a contém num gesto de mão. Ela volta a se sentar e tem a voz quase suplicante:
- Mas, Exclência, convenha que não é justo...
Obama, sempre calmo e indiferente:
- Deixe-me abreviar a conversa, Exma. colega: quantas ogivas nucleares a senhora tem?
- Bem...
- Quantos mísseis antinucelares?
- Ora...
- Quantos abrigos?.
- Ah...
- Quantos porta-aviões?
- Olhe...
- V.Excia. já ouviu falar do bloqueio comercial a Cuba e dos efeitos que ele gerou?
- Presidente, pondere...
- Imagine um bloqueio comercial ao seu país...
- Não, não quero nem imaginar...
- ... de modo a torná-lo ingovernável...
- T'esconjuro!
- ... e de tirar seu partido do poder...
- Por favor, pare, Excelência!!
- ... e de tirar seu partido do poder...
- Por favor, pare, Excelência!!
- Então, minha senhora, tenha uma boa tarde... Até mais ver.
- Mas o senhor disse que não quebraríamos o protocolo e nos trataríamos por Excelência.
- Ah, sim! Perdoe-me, Excelência: foi um lapso: não mais se repetirá.
- Não tem de quê. Muito obrigado, senhor presidente. Vossa Excelência é muito educado.
- Muito obrigado, senhora presidente. V.Excia. é muito lisonjeira. Uma ótima tarde. Até mais ver.
- Igualmente, Excia. Tudo de bom pro senhor.
Barão da Mata
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