Em 1990, após Collor tomar posse e gerar uma polêmica dos diabos com o seu famigerado e devastador plano econômico que confiscou os ativos financeiros de todos os que tinham uma soma razoável aplicada no mercado financeiro (o valor que eu tinha não foi passível de retenção, e pela primeira vez gostei de ser pobre), a classe média, classe média alta e ricos estrebucharam de indignação, o presidente perdeu uma parte significativa do apoio político, e a lei que faliu e desempregou muita gente pobre e classe média foi a discussão no Congresso Nacional, onde encontrou profunda acolhida na direita e óbvia oposição da esquerda. Havia, porém, um deputado do PMDB que se opôs veementemente à aprovação, tendo até tido grande destaque na mídia política por isso: chamava-se Osmundo Rebouças.
Acontece que, ao frigir dos ovos, o devastador plano econômico foi aprovado, e o Afonso Celso Pastore, que era favorável e fora presidente do Banco Central na gestão Figueiredo, e fazia agora parte da Câmara dos Deputados, fez uma pilhéria:
--O problema do Osmundo é que ele é um erro de concordância. Deveria se chamar "O Mundo" ou então "Os Mundos".
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