O mundo se vê estarrecido com as ações dos fundamentalistas que se dizem seguidores de Maomé, dentre os quais hoje o mais famoso é o Estado Islâmico, cujo radicalismo deturpa o Alcorão e vai às raias das ações mais tenebrosas. Não há como qualificar suas práticas. São pavorosas por demais.
Mas não são eles de que quero falar. É de gente que de algum a tais radicais se assemelham. Ou seja, o que pouco se menciona é que o mundo tem fundamentalistas de várias outros gêneros, como os desportivos, que se abrigam sob a bandeira de algumas torcidas organizadas e promovem atos de crueldade e vandalismo. Os fundamentalistas políticos, que, com o intuito de afastar qualquer risco de perda das regalias conquistadas por sua ligação com o poder - ou mesmo por usar os antolhos doutrinários que limitam-lhes a capacidade de conceber pensamentos -, dão-se a hostilizar ou tentar destruir todos aqueles que se opõem às ideias (por mais estapafúrdias que sejam) que tais sectários defendem. Muito incidentes são também os fundamentalistas religiosos não islâmicos, para os quais todos os que não tenham sua visão merecem arder no fogo do Inferno, sob os martírios mais lancinantes.
Um dia desses, após publicar um vídeo numa rede social, deparei com um desses... e não sei dizer de que cepa era o fundamentalista em questão.
Postara eu um vídeo em que fingia enganar-me, afirmando para imediata correção posterior que o Brasil estaria situado no continente africano. Com esta ironia, quis apenas fazer uma clara crítica ao cenário social e político do país, da crise ética bastante flgrante no cenário nacional, numa analogia de nossa terra quanto a vários países da África, onde há políticas populistas, ditaduras declaradas ou disfarçadas, caos na saúde, na educação, na segurança, no emprego, nos salários, etc... Não quis depreciar a África, mas mostrar que a nossa realidade é, em algumas regiões e camadas, de certo modo parecido com a dos sofridos povos de lá. Da mesma forma como não tive uma postura racista: logo eu, de feições negroides, filho de baiano e neto de sergipana negra, como poderia ser tão idiota que renegasse a negritude que se manifesta no sangue das minhas veias? Como poderia me dar a um preconceito tão ridículo e pernicioso como o racismo?
Mas o vídeo afirma, no título e conteúdo, que, se povo soubesse votar, não teriam os judeus preferido Barrabás a Jesus, numa claro alusão à ignorância política de uma parte considerável dos eleitores brasileiros. É o que acho e reafirmo: o eleitorado nacional tem uma grande parcela tão ignara e despreparada para escolher quanto o povo da Judeia nos anos de Cristo. Mas não há uma postura antissemita. Falo de um povo sem rumo na antiguidade, sem deixar de considerar que poderia ter escolhido como escolheu por Barrabás lutar contra a ocupação romana naquela época, ao contrário de muitos dos votantes daqui, que sufragam errado por irresponsabilidade, teimosa e refratária alienação e desconhecimento. Digo o que penso, não vivo de votos e quem é demagogo e populista é o PT.
Voltando à questão do sujeito que me fez a abordagem virtual, que não tinha rosto e fotos, fiquei sem saber se agiu como agiu por ser negro e sentir-se equivocadamente ofendido, se era judeu e se presumiu igualmente atacado (também num grande equívoco) ou se era partidário ferrenho de alguma legenda expressivamente votada em algum ou alguns níveis no cenário nacional... mas o fato é que foi extremamente mal-intencionado, porque acusou-me de covardia e de atacar os mais fracos - talvez, na hipótese de ser político, com o fito de atribuir-me uma investida contra negros e/ou judesus por mera retaliação. Coisa do tipo: "Pisou nos meus calos, acabo com você ainda que da forma mais torpe." Mas que distorceu a verdade e tentou me prejudicar é inquestionável.
Respondi que, já que tinha o indivíduo dificuldade para entender, explicava-lhe minuciosamente meus intentos e da vez seguinte escreveria para pessoas como ele em linguagem de professor de classe de alfabetização. A tréplica foi a acusação de que eu seria preconceituoso, dando bastante ênfase à afirmativa, tentando colocar afrodescendentes e semitas contra mim. Não vi então saída senão bloquear aquela criatura na rede e excluir toda a discussão.
O meu palpite é que era algum militante político, desses que recebem favores e benesses do poder e em tudo veem uma ameaça de perda de sua condição privilegiada. Que nada produzem e tudo ganham, reservando os dias inteiros para o exercício de suas atividades preguiçosas de bolcheviques de porta de botequim, vigilantes e atentos, prontos a hostilizar e até espancar qualquer ser vivente que discorde das práticas das agremiações que os ungem e mantêm envoltos em favores que os fazem felizes como almas no Paraíso.
Afastei de mim o sujeitinho, mas ficou uma constatação receosa: há uma quantidade não desprezível de pessoas imbuídas de péssimas intenções nas redes sociais, e é preciso muito cuidado com elas.
Um dia desses, após publicar um vídeo numa rede social, deparei com um desses... e não sei dizer de que cepa era o fundamentalista em questão.
Postara eu um vídeo em que fingia enganar-me, afirmando para imediata correção posterior que o Brasil estaria situado no continente africano. Com esta ironia, quis apenas fazer uma clara crítica ao cenário social e político do país, da crise ética bastante flgrante no cenário nacional, numa analogia de nossa terra quanto a vários países da África, onde há políticas populistas, ditaduras declaradas ou disfarçadas, caos na saúde, na educação, na segurança, no emprego, nos salários, etc... Não quis depreciar a África, mas mostrar que a nossa realidade é, em algumas regiões e camadas, de certo modo parecido com a dos sofridos povos de lá. Da mesma forma como não tive uma postura racista: logo eu, de feições negroides, filho de baiano e neto de sergipana negra, como poderia ser tão idiota que renegasse a negritude que se manifesta no sangue das minhas veias? Como poderia me dar a um preconceito tão ridículo e pernicioso como o racismo?
Mas o vídeo afirma, no título e conteúdo, que, se povo soubesse votar, não teriam os judeus preferido Barrabás a Jesus, numa claro alusão à ignorância política de uma parte considerável dos eleitores brasileiros. É o que acho e reafirmo: o eleitorado nacional tem uma grande parcela tão ignara e despreparada para escolher quanto o povo da Judeia nos anos de Cristo. Mas não há uma postura antissemita. Falo de um povo sem rumo na antiguidade, sem deixar de considerar que poderia ter escolhido como escolheu por Barrabás lutar contra a ocupação romana naquela época, ao contrário de muitos dos votantes daqui, que sufragam errado por irresponsabilidade, teimosa e refratária alienação e desconhecimento. Digo o que penso, não vivo de votos e quem é demagogo e populista é o PT.
Voltando à questão do sujeito que me fez a abordagem virtual, que não tinha rosto e fotos, fiquei sem saber se agiu como agiu por ser negro e sentir-se equivocadamente ofendido, se era judeu e se presumiu igualmente atacado (também num grande equívoco) ou se era partidário ferrenho de alguma legenda expressivamente votada em algum ou alguns níveis no cenário nacional... mas o fato é que foi extremamente mal-intencionado, porque acusou-me de covardia e de atacar os mais fracos - talvez, na hipótese de ser político, com o fito de atribuir-me uma investida contra negros e/ou judesus por mera retaliação. Coisa do tipo: "Pisou nos meus calos, acabo com você ainda que da forma mais torpe." Mas que distorceu a verdade e tentou me prejudicar é inquestionável.
Respondi que, já que tinha o indivíduo dificuldade para entender, explicava-lhe minuciosamente meus intentos e da vez seguinte escreveria para pessoas como ele em linguagem de professor de classe de alfabetização. A tréplica foi a acusação de que eu seria preconceituoso, dando bastante ênfase à afirmativa, tentando colocar afrodescendentes e semitas contra mim. Não vi então saída senão bloquear aquela criatura na rede e excluir toda a discussão.
O meu palpite é que era algum militante político, desses que recebem favores e benesses do poder e em tudo veem uma ameaça de perda de sua condição privilegiada. Que nada produzem e tudo ganham, reservando os dias inteiros para o exercício de suas atividades preguiçosas de bolcheviques de porta de botequim, vigilantes e atentos, prontos a hostilizar e até espancar qualquer ser vivente que discorde das práticas das agremiações que os ungem e mantêm envoltos em favores que os fazem felizes como almas no Paraíso.
Afastei de mim o sujeitinho, mas ficou uma constatação receosa: há uma quantidade não desprezível de pessoas imbuídas de péssimas intenções nas redes sociais, e é preciso muito cuidado com elas.
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