Depois de tomar conhecimento do relatório do deputado Marco Maia acerca da CPI da Petrobrás, juro que fiquei comovido. Confesso que em primeiro plano senti inveja de seus colegas parlamentares. Se em meu trabalho eu tivesse colegas tão benevolentes e ocupados com o bem-estar dos companheiros de profissão, viveria por aí, feito um maluco, dando saltos de alegria. Nosso nobre político não atacou ninguém, não deixou criatura alguma em situação embaraçosa, não causou preocupações e muito menos ataques de nervos. É uma criatura preocupada com o bem-estar dos semelhantes. Falam tanto na bondade rara de tantos personagens da história, mas perto dele Madre Teresa de Calcutá é fichinha. Só faço ressalva ao fato de a citada bondade do homem ir às raias da inocência: todos viram que a aquisição de Pasadena se deu por preço muito acima do mercado e causou um tremendo prejuízo à estatal, mas nosso santo homem achou um bom negócio. Vajam só a grandeza humana de quem não consegue sequer ver o lado mau das coisas ( e Pasadena teve lado bom?).
Comentei este último ponto com Herculano Ébrio, o bêbado, e o alcoólatra, cruel, disparou:
Não gosto de gente como Herculano; preferi a avaliação do Platãozinho, o pensador confuso:
- Ué? Ele só mostrou que a verdade, como professa a própria mecância quântica, é relativa.
Fiquei espantado com o parecer do rapaz, que completou:
- Ele viu a parte cheia do copo, ora! - e ainda chamou Herculano de pessimista, além de deixar-me acanhado por também não ter conseguido sequer vislumbrar a tal parte cheia do copo, talvez induzido a erro pelo recipiente de bebida que a todo momento Herculano esvaziava.
A gente sempre aprende coisas novas com homens como Marco Maia. Recebe lições de humanismo, pacificidade, amor ao próximo, sabedoria... É um inovador de ideias! Um ser humano que nos traz uma nova e diferente visão das coisas do mundo. Isto levará a refletir quem não consegue mais acreditar na humanidade.
Barão da Mata
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