Foi um jogo de empurra danado. Ninguém queria entrevistar o nauseabundo do Breno Esterco. Também quem poderia tolerar um sujeito que vive fazendo direção perigosa, cavalos-de-pau, contramão,atropelando animais e pessoas, avançando sinais e colocando vidas em risco? Como se não bastasse ser um violento do trânsito, Esterco ainda é brigão, provoca situações de briga só pra testar seus potenciais como lutador. É definitivamente uma pessoa asquerosa e detestável. Mas acabamos fazendo um sacrifício, e fomos todos juntos.
PENSADORES: Você não se sente mal em dirigir sem nenhuma cautela e colocando vidas alheias em risco?
ESTERCO: Quer saber, parceiro: é assim que eu gosto de dirigir e tá acabado! Agora, se quer saber se me sinto mal, é muito pelo contrário: dá a maior adrenalina! De vez em quando eu levanto um e meto o pé, me mando mesmo! Aqui no Brasil crime de trânsito não dá em nada mesmo; graças a Deus as autoridades são compreensivas.
PENSADORES: Não acreditamos no que estamos ouvindo.
ESTERCO: Por quê? Querem partir prá porrada? Encaro todos vocês juntos. Venham cá, venham! Cheguem junto!
PENSADORES: Ninguém aqui quer brigar, Breno. Por que você é tão violento?
ESTERCO, cínico em seu riso: É que dá a maior adrenalina...! Pô! Maior emoção! Adoro dar porrada! Principalmente em mulher, que apanha pra cacete e não consegue nem escapar. Porra, cara! É bom demais!Melhor do que isso só quando dei uma surra no meu pai: o velho implorou pra "mim" parar.
Diante das palavras de Esterco não conseguimos continuar. Demos as costas e fomos pra outro lugar, enquanto ele nos xingava de tudo quanto é nome.
Mas o que mais nos revolta é que há incontáveis brenos estercos por este Brasil: todo violento do trânsito tem o perfil igualzinho ao seu.
Barão da Mata e Leônidas Falcão
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