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domingo, 26 de maio de 2024

A PEGADINHA DO ADVOGADO NA JUSTIÇA

O caso (ou "causo") foi contado a mim e a outros interlocutores por um profissional do Direito  extremamente  simpático e divertido, chamado Antenor Cossenza (infelizmente já falecido).  

Numa corte de Justiça, na sala de audiências, refutando os argumentos do "ex adverso", um advogado levantou-se, olhou para o longe e proferiu uma frase em latim.  As pessoas mostraram-se extremamente impressionadas, elogiaram-no muito e    ficaram achando o causídico um gênio, uma verdadeira sumidade, e este, ao sair  da vara, junto com o Cossenza, comentou-lhe:

--Cossenza, são um bando de idiotas:  o trecho em latim eu  tava lendo na fachada do prédio cultural em frente.


Barão da Mata

O PLANO COLLOR E O DEPUTADO QUE ERA ERRO DE PORTUGUÊS

 Em 1990, após Collor tomar posse e gerar uma polêmica dos diabos com o seu famigerado  e devastador plano econômico que confiscou os ativos financeiros de todos os que tinham uma soma razoável aplicada no mercado financeiro (o valor que eu tinha não foi passível de retenção, e pela primeira vez gostei de ser pobre), a classe média, classe média alta e ricos estrebucharam de indignação, o presidente perdeu uma parte significativa do apoio político, e a lei que faliu e desempregou muita gente pobre e classe média foi a discussão no Congresso Nacional, onde encontrou profunda acolhida na direita e óbvia oposição da esquerda.  Havia, porém,  um deputado do PMDB que se opôs veementemente à aprovação, tendo até tido grande destaque na mídia política por isso: chamava-se Osmundo Rebouças.

Acontece que, ao frigir dos ovos, o devastador plano econômico foi aprovado, e o Afonso Celso Pastore, que era favorável e fora presidente do Banco Central na gestão Figueiredo, e fazia agora parte da Câmara dos Deputados, fez uma pilhéria:

--O problema do Osmundo é que ele é um erro de concordância.  Deveria se chamar "O Mundo" ou então "Os Mundos".